terça-feira, 31 de maio de 2016

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Eduardo Campos ficou conhecido por participar da Jornada Mundial da Juventude 2013 e, logo após, converter-se ao catolicismo

André Cunha
Da redação
Você se lembra da imagem abaixo? Ela rodou o mundo nos meios de comunicação e chamou a atenção por aquilo que representou: um jovem evangélico reconhecendo o ministério petrino de Francisco.
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Foto: Arquivo
O rapaz se chama Eduardo da Silva Campos e tem 22 anos. Em 2013, se uniu aos milhões de jovens na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, para participar da Jornada Mundial da Juventude, apesar de ser protestante. Ele nasceu no protestantismo e, por 19 anos, recebeu os ensinamentos referentes às duas denominações pelas quais passou.
“Nunca fui cristão ‘meia boca’, sempre ativo e atuante, desempenhava a função de segundo secretário da congregação, integrante do ministério de louvor e da mocidade (grupo de jovens). Foram anos maravilhosos, não tenho motivos para desmerecer minha experiência cristã ‘extra Ecclesiam’. Tenho somente uma tristeza por não ser católico há mais tempo”, disse Eduardo à equipe do noticias.cancaonova.com.
Na entrevista, o jovem fala ainda dos motivos que o levaram a participar da Jornada, sobre o cartaz que levantou na Missa de Envio e também como está sua vida após abraçar a fé católica.
Na Solenidade de Pentecostes de 2014, Eduardo recebeu o Sacramento do Batismo e da Eucaristia, na Arquidiocese do Rio de Janeiro. O jovem deve receber o Sacramento da Crisma neste ano.
Confira a íntegra:

Como soube da JMJ? Quando e por que decidiu participar do evento?

“Fiquei sabendo da JMJ por meio de propagandas televisivas e comentários de ex-alunos católicos.”

De quais atividades você participou na Jornada? O que mais chamou sua atenção?

“Por estar trabalhando durante o período da JMJ, só pude comparecer na vigília no sábado e no domingo. Participei de todos os momentos nesses dois dias, desde a adoração ao Santíssimo até a Santa Missa de envio. Não tinha noção de nada do que estava acontecendo, todavia a beleza da unidade e da liturgia me encantavam. Dormi na praia, rezei com as pessoas, chorei bastante. Foi um momento sublime!”

Você exibiu um cartaz onde se dizia “evangélico”, mas também reconhecia o Ministério Petrino de Francisco. O que motivou a iniciativa do cartaz e o que o levou a enxergar o Papa desta forma, apesar de ser protestante?

“Tudo isso começou com Bento XVI, o Magno. Por meio de sua renúncia, todo o alvoroço em volta da renúncia e eleição de um Sumo Pontífice, chamou-me a atenção. Comecei então a pesquisar sobre a Igreja, o papado, sua missão, desde quando existe e qual é o motivo. Quanto mais procurava, mais dúvidas surgiam e a Igreja com seus documentos saciavam minhas dúvidas e anseios, coisa que no protestantismo não acontecia. A passagem do Evangelho de São Mateus 16,18 fixou na minha cabeça: “Também eu e digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela”. Nesse momento, ao ler essa passagem, entendi quem era o Papa: Pedro.”

Durante a Jornada, pensou em mudar de Igreja?

“Não. Queria tão somente conhecer a Igreja Católica por meio dos meus olhos e não por meio dos outros.”

E sobre sua experiência com o Papa Francisco, durante o evento…

“Foi  uma experiência ímpar! O Santo Padre passou por mim numa distância de cinco metros e fiquei arrepiado. Tive a oportunidade de me unir àquele povo que, emocionado, escutava a voz do pastor.”

Quanto aos muitos jovens católicos com os quais pôde se encontrar, como foi a experiência?

“Foi fantástica! Como eu estava com a camisa da JMJ, passei despercebido em alguns momentos (rsrs), porém sempre perguntavam o que estava carregando; então, eu mostrava o cartaz e todos ficavam admirados. Fui muito bem acolhido, todos me trataram muito bem.”
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Eduardo ao lado da imagem de São João Paulo II / Foto: Arquivo pessoal

O que ficou da Jornada no seu coração?

“A concretização da unidade da Igreja perante meus olhos. Vi e vivi a Igreja em comunhão, diversidade de culturas, raças, países. Todos professando uma só fé, um só batismo, um só Senhor em sua Igreja Una e Santa. É a unidade na diversidade! Impagável!”

Quando se deu o “start” para sua conversão ao catolicismo?

“Como disse anteriormente, comecei a gostar da Igreja quando comecei a estudar sobre ela. Isso foi na época da renúncia do Santo Padre Bento XVI, hoje emérito. Acompanhei o conclave, vibrei com a eleição do novo Papa, nosso amado Papa Francisco, defendia a Igreja em alguns debates mesmo sendo protestante. Daí defino essa fase como ‘pré-start’ da conversão. As aulas do Padre Paulo Ricardo e o grupo do Facebook Escolástica da Depressão (EDD) me ajudaram muito. Muitas dúvidas, muitas perguntas, todas sanadas, todas respondidas com misericórdia. O ‘start’ se deu após a JMJ, quando ficava relembrando todo aquele momento, as experiências, as coisas que foram ditas por aquele povo.”

Como se deu o processo de transição? 

“Deu-se após a JMJ, quando ficou aquele gostinho de ‘quero mais’. A ‘liturgia’ (se é que podemos dizer assim) do culto protestante não me atraía mais. Eu já tinha me apaixonado pela liturgia latina, pela Missa e sua sincronia, organização, pelo latim (eu assistia Missas no YouTube, mas sem saber que eram na forma extraordinária), pelos paramentos (que até então  chamava de ‘roupas de padre’, pelo erguer da hóstia e do cálice. Era belíssimo aos meus olhos, parecia que tinha descoberto um tesouro.
Com isso, questionava-me o tempo todo, perguntava-me por qual motivo o pastor não usava aquelas ‘roupas de padre’, não tinha um altar na igreja, não tinha uma Tradição (sim, uma Tradição com “T” maiúsculo. Minha igreja até então não tinha nada que se ligasse com os santos apóstolos). Perguntava-me também: ‘Se Pedro está lá, por que estou aqui?’. Foi uma fase, como sempre digo, de muitas perguntas. Todavia, foi uma fase boa, na qual fui vendo que a Igreja, que outrora era um monstro, era na verdade minha verdadeira casa.”

Sua família e amigos, como reagiram à sua conversão?

“Foi turbulento! É até complicado entrar em detalhes. Não aceitaram de início (e com certeza não aceitam até hoje), tivemos brigas feias, muitas vezes troca de ofensas, mas com o tempo tudo se acalmou. Hoje, temos uma relação muito boa de amizade e fraternidade. Claro que eles aguardam ansiosamente o dia que eu ‘volte’, mas minha fé está bem enraizada e bem sei em quem tenho crido.”

E como foi sua chegada na Igreja Católica?

“O povo católico é um povo diferente, pois todo mundo é irmão de todo mundo. Não há distinção; é só chegar que esse povo estará de braços abertos. De início fui acolhido pelo Pe. Jorge Bispo, da paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz no Rio de Janeiro, posteriormente comecei a frequentar a Antiga Sé, minha atual paróquia. Os padres sempre muito acolhedores, verdadeiros pastores. O povo de Cristo é extraordinário, sempre caridoso (e curioso), acolheu-me com todo zelo possível. Houve também pessoas que se incomodaram com minha presença, todavia, Deus sempre interveio nessas situações.”

Como você vive sua fé hoje em dia? Tem dificuldades quanto à doutrina, hierarquia ou a Tradição católica?

“Minha fé, hoje em dia, é tão natural quanto a luz do sol que ilumina a face da Terra. Não tenho nenhuma dificuldade com a doutrina, hierarquia ou a Tradição. Sem a fé católica sou incompleto!”

Como é sua relação com a Virgem Maria? Foi uma aproximação fácil?

“Hoje, é uma relação normal de Mãe e filho. Logo que me converti, senti a vontade de rezar o terço. Fui numa loja e uma senhora me presenteou com um terço e um livrinho ensinando a rezá-lo. Ao rezá-lo no ônibus, indo para casa, senti uma presença muito forte, um arrepio intenso e uma vontade de chorar. Mas confesso que, a cada Ave-Maria, eu, em pensamento, dizia a Deus: ‘Senhor, se porventura eu Vos ofender, perdoe-me. Não quero pecar contra Ti’. Depois, com o tempo, as coisas se assentaram”.

Quais são seus planos para o futuro?

“Meus planos para o futuro… Bem, estou participando do GVA (Grupo Vocacional Arquidiocesano) aqui no Seminário São José. Acho que meu futuro dependerá do resultado desse discernimento. Contudo, peço aos irmãos que se lembrem de mim em suas orações diárias, nos terços e nas Missas. Que coloquem a mim e a minha família nessas intenções, entregando o meu futuro e o da minha família nas mãos de Deus.”
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O jovem Eduardo participa, como acólito, na celebração da Vigília Pascal / Foto: Arquivo pessoal

Conheça a história do jovem que se tornou católico após a JMJ

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Cracóvia espera receber até 2 milhões de jovens peregrinos durante o evento.

Da redação, com Rádio Vaticano
Com a inscrição de um grupo das Ilhas Samoa, o número de países representados na Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia, Polônia, chega a 183. Segundo os organizadores, 2 milhões de jovens peregrinos devem participar dos dias de evento.
“Os países membros das Nações Unidas são 193. Então podemos dizer que a representação é altíssima”, disse o Padre João Chagas, responsável pela organização do evento no setor Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, ao recordar que a Santa Sé mantém relações diplomáticas com 180 países.
“São números muito significativos. Acho que é uma imagem muito bonita da catolicidade da Igreja, aquilo que Bento XVI dizia: é um sinal da Igreja viva, de que a Igreja está viva e é jovem”, disse Padre João.
Os brasileiros participarão com cerca de 10 mil peregrinos do Brasil. “Tem jovens do Brasil inteiro. É muito pulverizada a participação dos jovens brasileiros. Temos já 30 bispos inscritos e o maior número de voluntários inscritos é do Brasil”, revelou.

Refugiados

A JMJ acolherá também jovens de países em guerra, como a Síria, e outros que enfrentam situações de conflito, como o Egito e o Iraque. Padre João explica que os organizadores, em parceria com instituições dos direitos humanos, ajudam na obtenção do visto.
“Temos jovens católicos do Egito, do Iraque, um grupo de refugiados iraquianos que está na Terra Santa e que pede ajuda. Tem também sírios: a grande dificuldade é se eles vão conseguir o visto neste período. Os jovens do Iraque, com a ajuda de entidades, conseguiram um passaporte especial”.

JMJ 2016 deve receber representantes de 183 países, diz organização

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Residente na Polônia há 24 anos, padre brasileiro Wladyslaw Milak acredita que a juventude vai buscar uma mensagem de fé

Luciane Marins
Da Redação
A terra de João Paulo II Santa Faustina Kowalska, Polônia, vai receber, de 26 a 31 de julho, jovens do mundo inteiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento, neste ano, tem uma graça especial: está inserido no Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, e será celebrado na terra desses dois grandes apóstolos da misericórdia.
Interior do Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia / Foto: Padre Wladislaw Milak
Interior do Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia / Foto: Padre Wladyslaw Milak
Mais de dois milhões de jovens são esperados para o evento. A expectativa do padre rogacionista Władysław Milak, brasileiro, que mora na Polônia há 24 anos, é grande. “Providencial! Este ano para Cracóvia e para a Polônia inteira é excepcional”.
Padre Wladyslaw Milak, Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus / Foto: arquivo pessoal
Padre Wladyslaw Milak, Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus / Foto: arquivo pessoal
Ele mora em Cracóvia, a 50 metros do Santuário da Divina Misericórdia, centro mundial dessa devoção, local que era frequentado por João Paulo II. Ali, Santa Faustina viveu, escreveu seu Diário e, aos 33 anos, morreu.
“Santa Faustina, de uma forma moderna e atual, apresenta esse grande mistério da misericórdia divina, pois quer que a salvação chegue a todos e ninguém se perca.”
O padre explica que João Paulo II se empenhou em divulgar a mensagem da divina misericórdia revelada a Santa Faustina. Na época da II Guerra Mundial, quando ainda era jovem, Karol Wojtyla já frequentava o Santuário. Depois, quando tornou-se Papa, beatificou-a no dia 18 de abril de 1993 e a canonizou em 30 de abril de 2000, ocasião em que instituiu, no mundo todo, a celebração do Domingo da Divina Misericórdia, celebrado no segundo domingo da Páscoa.
Em 2002, a Dedicação do Santuário da Divina Misericórdia, feita por João Paulo II, foi outro grande exemplo de sua devoção. Ele foi até a Polônia para confiar o mundo à Misericórdia Divina.
Durante a homilia, expressou seu desejo de que a mensagem do amor misericordioso de Deus, proclamado por Santa Faustina, chegasse a todos os habitantes da terra.
“Essa devoção se espalhou para o mundo inteiro. O mundo todo reza o terço da misericórdia, celebra a festa da Divina Misericórdia. O Papa teve um grande papel em difundi-la”, comemora o sacerdote.

Devoção

Peregrinos passam pela Porta da Misericórdia no Santuário, para receber as graças do Ano Jubilar / Foto: Padre Wladyslaw Milak
Peregrinos passam pela Porta Santa no Santuário da Misericórdia para receber as graças do Ano Jubilar / Foto: Padre Wladyslaw Milak
Neste ano jubilar, aumentou o número de peregrinos no Santuário em Cracóvia, mas não somente na Polônia, também em outros países da Europa, nas Filipinas, Indonésia, Índia e países da América Latina.
“É uma capital da Divina Misericórdia para o mundo inteiro, onde atualmente passam milhões de peregrinos. Para ver como é viva, atual e muito real essa devoção aqui na Polônia e como se espalhou para o mundo inteiro de maneira veloz e concreta”, enfatiza padre Milak.
O sacerdote, que da janela de sua residência observa o santuário, testemunha que as pessoas vão ao local, entram, rezam, pedem pela misericórdia e se convertem. “Gente que, com meus próprios olhos, vi a conversão, a mudança de vida.”
Uma das práticas dessa devoção é recitar a oração do terço da misericórdia às 15h. Algo que se tornou comum e ultrapassou as fronteiras da Polônia. “Às 3h da tarde tem gente que até para o carro e reza.”
O padre defende que é preciso anunciar e testemunhar essa devoção para que, por meio da Misericórdia, o mundo recupere a paz e a fraternidade.

Atos concretos

Padre Milak, que após descobrir essa devoção tornou-se um apóstolo da misericórdia, explica que a essa experiência deve ser manifestada no modo de vida e na maneira de relacionar-se com o próximo, que deve ser marcada pelo amor e respeito, especialmente pelos mais necessitados.
“A Misericórdia Divina é válida enquanto vivo essa misericórdia com meu irmão que está do lado”.

A juventude e a misericórdia

Para receber mais de 2 milhões de jovens, o Comitê Organizador da JMJ se prepara e conta com voluntários de vários países, inclusive do Brasil. Padre Milak está em contato com os voluntários brasileiros em Cracóvia e acredita que a juventude que irá para o evento não o fará por recreação, mas com a ideia de encontrar uma mensagem de fé.
Ele recorda a orientação que João Paulo II dava aos jovens de não serem levados pelo consumismo ou pelos vícios, mas sim, abertos à graça de Deus, aos gestos de misericórdia e de amor ao próximo.
“Isso vai ajudar para que a mensagem de João Paulo II e Santa Faustina chegue ao mundo inteiro. O mundo vai ficar melhor por causa desse acontecimento e por causa desse ano da misericórdia, em que estão ocorrendo milhares de conversões. Será um grande acontecimento não só para a juventude, mas para redescobrir o valor de ser católico.”

Padre destaca relação entre JMJ e devoção à Divina Misericórdia

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terça-feira, 3 de maio de 2016

Comitê Organizador Local divulga informações sobre o esquema de alimentação na JMJ em Cracóvia

Veja como será o esquema de alimentação preparado para atender aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude 2016. As informações são do Comitê Organizador Local, direto da Polônia.
A Jornada Mundial da Juventude oferece uma programação cheia de atividades para os peregrinos e uma boa alimentação é fundamental para aguentar o pique desta semana especial.
Os peregrinos que optarem pela inscrição com alimentação receberão dois vouchers por dia para as refeições. Restaurantes, bares, lanchonetes, cantinas e food trucks que aderirem ao esquema de alimentação da JMJ serão sinalizados adequadamente e a lista estará disponível em um aplicativo móvel.
Os peregrinos também receberão vouchers para o almoço e jantar no sábado e café da manhã de domingo que serão distribuídos na forma de refeição pré-embalada no caminho do local da vigília.
O café da manhã será distribuído próximo ao local de hospedagem mas para somente os grupos que optarem por pacotes com acomodação. As pessoas com restrições alimentares receberão pacotes adaptados às suas necessidades. 
É de extrema importância que os participantes recebam quantidade suficiente de água e bebida. Por isso, haverá pontos pela cidade para distribuir água gratuitamente aos peregrinos. Nocampus misericordes será distribuída água engarrafada para cada um deles.
com Canção Nova

Veja como será o esquema de alimentação na JMJ em Cracóvia

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